Níveis de Procrastinação e Autorregulação dos Estudantes das Gerações x, y e z: um estudo comparativo entre Brasil e Portugal nos cursos das áreas empresariais.
Abstract
A procrastinação tem sido um obstáculo encontrado na aprendizagem no ensino superior e é uma realidade nas licenciaturas da área das ciências empresariais. Perante isso, torna-se pertinente analisar a compatibilidade existente entre os níveis de autorregulação e procrastinação através das gerações x, y e z no contexto académico dos cursos de ciências empresariais. Esta investigação tem como objetivo analisar a relação entre os níveis de procrastinação e autorregulação na perceção de estudantes de licenciatura na área das ciências empresariais, pertencentes às gerações x, y e z em contextos culturais distintos, Brasil e Portugal. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma pesquisa descritiva, de caráter quantitativo com a utilização de estatística descritiva e foram aplicados questionários aos alunos matriculados nos cursos de Contabilidade e Administração no Brasil e Organização e Gestão Empresariais (OGE), Marketing e Comunicação Empresarial (MCE) e Contabilidade e Fiscalidade (CF) em Portugal. No Brasil obtiveram-se 209 respostas e em Portugal 101, totalizando 310 respostas. Os resultados indicam que as gerações mais novas, y e z, tendem a procrastinar mais do que a geração x, além disso, a geração x possui uma capacidade superior de autorregular a aprendizagem comparada com as outras duas gerações em ambos os contextos. Os estudantes das gerações y e z, no Brasil, apresentam o mesmo nível de autorregulação; porém, a geração z procrastina mais que a y. No contexto português, os resultados encontrados são diferentes, pois a geração z apresenta maior capacidade de autorregular a sua aprendizagem e o seu nível de procrastinação é inferior, comparando com a geração y portuguesa.
Keywords
Full Text:
PDFReferences
Almeida, L, & Soares, A. (2004). Os estudantes universitários: Sucesso escolar e desenvolvimento psicossocial. Taubaté:Cabral Editora e Livraria Universitária.
Amaral, S. E. (2004). Virando gente grande: como orientar os jovens em início de carreira. São Paulo: Gente.
Balkis, M., & Duru, E. (2009). Prevalence of Academic Procrastination Behavior Among PreService Teachers, And Its Relationship with Demographics and Individual Preferences.
Journal of Theory and Practice in Education, 5 (1), 18-32.
Bandura, A. (2008). O sistema do self no determinismo recíproco. Teoria social cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed.
Barros, J. D. (2018). Procrastinação: o estudo sempre fica para depois. Brasil Escola.
Biff, M. (2017). A geração especialista em procrastinação. Administradores.
Borges, I. M. T., Santos, A., Abbas, K., Marques, K. C. M., & Tonin, J. M. F. (2014). Reprovação na disciplina de contabilidade de custos: quais os possíveis motivos?. In Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC.
Burka, J., & Yuen, L. (1991). Procrastinação. São Paulo: Nobel.
Boruchovitch, E. (2014). A auto-regulação da aprendizagem: contribuições da psicologia educacional para a formação de professores. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 401-409.
Ciriaco, D. (2009). O que é a geração z? Cultura Geek.
Cury, A. (2018). Como a procrastinação pode afetar sua carreira profissional e saúde? Método Augusto Cury – Menthes.
Costa, M. D. S (2007). Procrastinação, autorregulação e gênero. 135 f. Tese (Mestrado em Psicologia) - Curso de Pós-Licenciatura em Psicologia, Universidade do Minho, Portugal.
Day, V., Mensink, D., & O´Sullivan, M. (2000). Patterns of Academic Procrastination. Journal of College Reading and Learning, 30 (2), 120- 134.
Domenico, D. M. (2018). Você é um procrastinador crônico? Saiba como resolver. Exame.
Ferrari, J. (2001). Procrastination as Self-Regulation Failure of Performance: Effects of Cognitive Load, Self-awareness , and Time Limits on “Working best under pressure”, European Journal of Personality, 15 (5), 391-406.
Hill, M. B., Hill, D. A., Chabot, A. E., & Barrall, J. F. (1978). A survey of college faculty and student procrastination. College Student Journal.
Ikeda, A. A., Campomar, M. C., & Pereira, B. C. S. (2008). O uso de coortes em segmentação de marketing. O&S, 15 (44), 25-43.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O setor de tecnologia da informação e comunicação no Brasil 2003-2006. Recuperado de: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/stic/publicacao.pdf>. Acesso: 01/06/2016.
Iskender, M. (2011). The influence of self-compassion on academic procrastination and
dysfunctional attitudes. Academic Journals, 6 (2), 230-234.
Jorgensen, B. (2003). Baby Boomers, generation x and generation y? Policy implication for defence in the modern era. Foresight, 5 (4).
Levy, M., & Weitz, B. A (2000). Administração de Varejo. São Paulo: Atlas.
Lombardia, P, Stein, G., & Pin, J. R. (2008). Políticas para dirigir a los nuevos profesionales – motivaciones y valores de la generación Y. IESE Business School, Navarra: Universidad de Navarra, n. 753.
Marques, J. R. (2017). Impactos da procrastinação na produtividade no trabalho. Blog do JRM.
Ogg, J., & Bonvalet, C. (2006). The baby boomer generation and the birth of 1945-1954: a European perspective. ESRC Social Science Week.
Parry, E., & Urwin, P. (2010). Tapping into talent: age factor and generation issues. Institute of Personnel and Development, London, (61), 1-42.
Ribeiro, F., Avelino, B. C., Colauto, R. D., & Nova, S. P. D. C. C. (2014). Comportamento procrastinador e desempenho académico de estudantes do curso de ciências Contabilísticas. Journal Advances in Scientific and Applied Accounting (ASAA), São Paulo, 7 (3), 386-406.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.
Rosário, P, Trigo, J., & Guimarães, C. (2004). Estórias para estudar, histórias sobre estudar: narrativas auto-regulatórias na sala de aula. Revista Portuguesa de Educação, Braga, 16 (2), 117-133.
Sampaio, R. K. N. (2011). Procrastinação académica e autorregulação da aprendizagem
em estudantes universitários. 134 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-licenciatura em Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Santos Neto, E., & Franco, E. S. (2010) Os professores e os desafios pedagógicos diante das
novas gerações: considerações sobre o presente e o futuro. Revista de educação do COGEIME, São Paulo, 19, (36), 9 – 25.
Senécal, C., Koestner, R., & Vallerrand, R. (1995). Self-regulation and academic procrastination. The Journal of Social Psychology, 135 (5), 607-619.
Silva, E. M. D., Silva, E. M. D., Gonçalves, V., & Murolo, A. C. (1997). Estatística para os cursos de Economia, Administração e Ciências Contabilísticas. São Paulo, Editora Atlas, 2.
Smith, W. S. (2008). Decoding generational differences: fact, fiction... or should we just get back to work? Deloitte Development.
Smola, K. W, & Sutton, C. D. (2002). Generation diferences: revisiting generation work values for the new millennium. Journal of Organization Behavior, 23 (4), 363-82.
Somers, P. (2008). Gênero e outras variáveis que influenciam na procrastinação académica. Educação, Porto Alegre, 31 (1), 54-60.
Tapscott, D. (2010). A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir negócios.
Tapscott, D. & Williams, A. D. (2007). Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Tijiboy, A. V. (2001). As novas tecnologias e a incerteza na educação. Belo Horizonte: Autêntica.
Tolbize, A. (2008). Generational differences in the workplace. Minneapolis: Research and Training Center on Community Living – University of Minnesota.
Weller, W.(2010). A atualidade do conceito de gerações de Karl Mannheim. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 25, n.2, p.205-224, 2010
Zemke, R., Raines, C, & Filipczak, B. (2000). Generations at work: managing the clash of veterans, boomers, xers, and nexters in your workplace. New York: Amacom.
Zimmerman, B. (1990). Theories os self-regulated learning and academic achievement: An overview, Education Psychologist, 1 (25), 3-17.
Zimmerman, B. & Schunk, D. (2001) Self-regulated learning and academic achievement: theorical, perspectives. New York: Lawrence Erlbaum Associates.
Refbacks
- There are currently no refbacks.
Portuguese Journal of Finance, Management and Accounting
e-ISSN: 2183-3826
DOI: 10.54663/2183-3826
International Networks of Indexing: GOOGLE SCHOLAR, RCAAP, REBID, DRJI